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FIBROSSARCOMA ORAL EM CANINO: RELATO DE CASO
Olinto Douglas Bialoso, Roberta Zanatta, Priscilla Suélen Moura Do Nascimento, Maria Inês Witz

Última alteração: 08-11-2021

Resumo


O fibrossarcoma é a terceira neoplasia maligna oral mais comum em cães e a segunda mais comum em gatos. É um tumor mesenquimal maligno derivado de tecido conjuntivo fibroso e caracterizado por fibroblastos proliferativos imaturos ou células fusiformes. O fibrossarcoma tem uma tendência a formar feixes ortogonais de células mesenquimais que é patognomônico desta patologia. O tratamento deve ser agressivo, pois tende a ser localmente invasivo e proliferativo. A abordagem terapêutica em cães com tumores malignos confirmados na cavidade oral e ausência de metástase aparente, consiste em cirurgia ampla e agressiva da massa e tecidos circundantes. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de um canino com fibrossarcoma em cavidade oral. Foi atendido um canino, fêmea, da raça Labrador Retriever, 10 anos de idade, pesando 36 kg, não castrada. O animal apresentava um aumento de volume progressivo na região rostral da maxila. Ao examinar a cavidade oral, apresentava aumento de volume envolvendo os dentes incisivos, caninos, pré-molares e palato duro com múltiplas áreas de ulcerações e firmes. Indicou-se a remoção do aumento de volume cirurgicamente, realizando maxilectomia rostral bilateral. Após a retirada de parte da pré-maxila medindo 6 x 6 x 4,5cm, permaneceu uma comunicação entre as cavidades oral e nasal e então foi realizado a o fechamento do defeito através de dois retalhos com origem da mucosa labial; os retalhos foram espessos para manter a vascularização adequada. O resultado do exame histopatológico foi compatível com neoplasia maligna, segundo as análises macroscópicas e microscópicas do material enviando, foi sugestivo de fibrossarcoma. A recorrência do tumor na maxila está geralmente associada à excisão cirúrgica incompleta, necessitando de ressecções agressivas ou da adição de terapias adjuvantes, como a radiação, acrescentasse que realizando somente a ressecção cirúrgica. A recorrência local é de 33- 57% nos cães, sendo muito difícil de ser tratada, por ser mais agressiva que o anterior. No caso relatado não houve terapias adjuvantes somente a retirada por cirurgia, levando assim a recorrência do tumor e alguns estudos relatam que normalmente o paciente vai a óbito com a recidiva, corroborando com o caso descrito onde o paciente teve uma sobrevida de 6 meses.


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