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ASTROCITOMA CANINO - RELATO DE CASO
Laura Martins Cezimbra, Juliana Trevisan Casarin, Anamaria Telles Esmeraldino, Vanessa Perlin Ferraro de Ávila

Última alteração: 08-11-2021

Resumo


Astrocitoma é uma neoplasia intracraniana do sistema nervoso central, sendo o cão a espécie mais afetada, não havendo predileção por idade, entretanto observa-se maior frequência em animais de meia-idade ou idosos. Sua origem celular não tem definição, contudo suas células precursoras se assemelham aos astrócitos. Histologicamente, esses tumores são diversos e são classificados como de baixo, médio e alto grau de malignidade, sendo esse último, também chamado de glioblastoma, o mais agressivo fisiologicamente. Os astrocitomas mais malignos apresentam áreas de necrose, hemorragia, cavitação e edema. Os sinais clínicos são variáveis conforme a localização do tumor, os quais podem ser ataxia, andar em círculos, alterações de nervos cranianos e alteração de reflexos proprioceptivos. O objetivo deste trabalho foi descrever um caso de astrocitoma em um animal atendido no HV – ULBRA em maio de 2021. Trata-se de um canino, fêmea, de 12 anos, sem raça definida, castrada e vacinada. Apresentou atrofia dos músculos temporais, sialorreia, severa atrofia muscular na face direita, episódios de regurgitação, ataxia, perda de equilíbrio, dor nos membros e na cabeça durante 1 mês. O quadro clínico do animal evoluiu com andar em círculos, vocalização e vômitos recorrentes, com isso foi sugerida a eutanásia e após o consentimento da tutora a mesma autorizou a necropsia. Os achados macroscópicos observados foram massa nodular circunscrita de consistência firme e coloração amarelada na ponte e cerebelo. Microscopicamente as alterações encontradas foram massa tumoral constituída por proliferação de células neoplásicas semelhantes a astrócitos, mostrando núcleos ovalados, com nucléolos evidentes e alto índice mitótico. Observa-se também arranjo em palissada, proliferação microvascular e áreas de necrose no centro dos arranjos celulares. O resultado da necropsia foi de astrocitoma de alto grau (glioblastoma).

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