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A criptococose é uma infecção de evolução geralmente grave, causada pela levedura capsulada Cryptococcus neoformans que após ser inalada pelos felinos, normalmente atinge o trato respiratório superior. Não há predileção por idade, entretanto animais imunossuprimidos apresentam maior prevalência para infecção. Podem ser percebidos sinais clínicos como espirro, secreção nasal serosa ou sanguinolenta, deformidade e oclusão nasais. Ulcerações, pústulas e abcessos podem ser encontrados em alguns casos. A disseminação via hematógena ou linfática, permite acometimento do sistema nervoso central, causando convulsões, paresia, ataxia, depressão e cegueira. O diagnóstico pode ser feito através do histórico clínico do animal, anamnese, exames complementares como citológicos, histológicos, sorológico e cultura fúngica. Objetivou-se nesse trabalho descrever um caso de criptococose em um animal atendido no HV – ULBRA. Trata-se de um felino, fêmea, de 3 anos, castrada, apresentando anorexia, dispneia, midríase com cegueira, lesão ulcerada no plano nasal com secreção purulenta e sanguinolenta, massa obstruindo ambas as narinas e linfonodos submandibulares reativos. Além das lesões visualizadas durante o atendimento clínico, foi percebida caquexia, mucosas orais e oculares pálidas. Após consentimento da tutora foi realizada eutanásia e o corpo foi encaminhado para necropsia. Microscopicamente foi observado massa nas cavidades e seios nasais constituída por discreta infiltração mononuclear e inúmeros organismos redondos ou ovais, com tamanhos variados e cápsula espessa. Encéfalo e leptomeninges apresentando agrupamentos fúngicos multifocais. Pulmões e rins apresentando os mesmos organismos fúngicos observados anteriormente. O diagnóstico anatomopatológico foi de criptococose.