Introdução: A dor lombar crônica inespecífica (DLCI) se localiza na região inferior das costas, acima da prega glútea, superior a 12 semanas e não possui uma causa específica. É a condição musculoesquelética que mais afeta a população adulta, os fatores psicossociais têm sido considerados elementos chave nesse processo (FITZGERALD et al.,2018). O conhecimento dos futuros médicos sobre a DLCI precisa estar de acordo com o que se tem de mais atual nas evidências científicas sobre as possíveis dimensões envolvidas na dor. Objetivo: Identificar qual é o conhecimento de tratamento que predomina nos alunos do último ano do curso de medicina de uma universidade privada na região metropolitana de Porto Alegre sobre a dor lombar crônica inespecífica. Método: Estudo descritivo transversal, realizado através da plataforma Google Formulário utilizando a Escala PABS-PT. A pontuação de cada afirmação é feita de acordo com a escala de Likert e a análise estatística descrita foi realizada através do Software SPSS para caracterizar as pontuações dos participantes na PABS PT. Os escores das subescalas caracterizam se o conhecimento dos alunos apresenta um caráter mais biomédico ou biopsicossocial. Resultados: A amostra deste estudo foi composta por 72 participantes, com idade entre 22 e 39 anos, sendo que 48 participantes são do sexo feminino. A predominância de conhecimento dos alunos sobre o gerenciamento da dor lombar crônica está no modelo biomédico, atingindo um número total de 54 alunos. Conclusão: O estudo identificou uma tendência dos alunos do último ano do curso de medicina a pensar no modelo biomédico como o ideal para o tratamento da dor lombar crônica, indo contra as evidências científicas mais atuais.