O estresse ocupacional é a reação natural do organismo que ocorre decorrente das exigências do ambiente e das condições de trabalho. Existem vários sintomas relacionados ao estresse ocupacional como, ansiedade, depressão, diminuição da autoestima, insônia, hipertensão, consumo de drogas e álcool, podendo levar a problemas comportamentais prejudicando as atividades laborais³. Com a pandemia da Covid-19, os docentes passaram a lecionar na modalidade remota, que exige adaptações, a começar pelos espaços que estão sendo utilizados para preparação e efetivação das aulas ^1,2. O objetivo desta pesquisa foi investigar o nível de estresse ocupacional dos professores do Instituto Federal de Brasília (IFB) durante a pandemia de COVID-19. A pesquisa foi realizada em 10 campi e participaram 250 professores que atuam há pelo menos um ano na Instituição. A ausência na função de professor no momento da pesquisa, trabalhar em mais de uma instituição de ensino ou em outras atividades fora da instituição foram considerados critérios de exclusão. Para a coleta dos dados foram utilizados um questionário de dados sociodemográficos para caracterização da amostra e a Escala de Estresse no Trabalho (EET), composta por 13 questões. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética da ULBRA (CAAE 46759821.80000.5349). Os resultados indicam que a maioria (59,6%) dos professores do IFB percebem-se com nível alto e intermediário de estresse. Foi identificado o nível mais elevado de estresse para o sexo feminino (p=0,04) e para professores que receberam treinamento que não atendeu as necessidades para o ensino remoto (p=0,01). As dimensões Autonomia e Controle, Papéis e Ambiente de Trabalho foram as que apresentaram maiores níveis de estresse e Relacionamento com o Chefe, Relações interpessoais, Crescimento e Valorização foram as que apresentaram os níveis mais baixos. Os resultados deste trabalho sugerem que treinamentos eficazes e maior satisfação pessoal em realizar a sua função podem atenuar o nível de estresse dos professores.