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As persistentes desigualdades socioeconômicas existentes entre as regiões brasileiras são resultantes da formação histórica de um país subdesenvolvido, de passado colonial e tamanho continental. A ocupação do território brasileiro se deu lentamente a partir dos ciclos de atividades econômicas que prevaleceram em diferentes regiões em períodos históricos diversos. Essas atividades sempre estiveram voltadas para a exportação, o que ocasionou uma integração tardia entre as regiões brasileiras. As regiões e os estados foram se inserindo na divisão regional do trabalho a partir da lógica de acumulação e expansão do capital ao longo do território, o que  trouxe como consequência um cenário de desequilíbrio regional ainda presente nos dias atuais. Essas marcantes desigualdades regionais se expressaram ao longo do tempo e ainda se expressam em diversos frentes e aspectos (ARAÚJO, 2013).

A distribuição das atividades produtivas pelo território nacional conduziu à conformação de um mercado de trabalho regionalmente bastante desigual. Historicamente, as regiões Sul e Sudeste e Sul desenvolveram-se em um ritmo superior às demais regiões brasileiras. Com destaque para a região Sudeste, que concentra grande parte da produção, da renda do pais e dos empregos formais do país. No outro extremo encontram-se as regiões Norte e Nordeste, com o Centro-Oeste ocupando uma posição intermediária. Dada a perpetuação desse cenário na atualidade, destaca-se a relevância de estudos que busquem melhor compreender as assimetrias encontradas no mercado de trabalho brasileiro.