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NÚMERO DE CASOS DE MULHERES COM HANSENÍASE EM RONDÔNIA, RO
Última alteração: 12-11-2020
Resumo
Introdução: A hanseníase está classificada como uma Doença Negligenciada, sendo considerada como um problema de saúde pública, podendo ser transmitida através das vias aéreas para qualquer pessoa, independente da classe social, sexo e idade, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Em relação à família e hanseníase, estudos indicam que a doença tem potencial para ocasionar mudanças na estrutura familiar, além disso, coloca a mulher acometida em uma desvantagem maior, por se tratar de uma doença estigmatizada na sociedade. Nas mulheres ocasiona sofrimento, angústia, preconceito, abandono e problemas psicossociais. Contudo o grande impacto na vida das mulheres é o trabalho, o formal que pode ser interrompido pela demissão e o doméstico, que ainda é atribuído às mulheres, é realizado com dificuldades. A hanseníase produz muitos impactos que dificultam e aprofundam a desigualdade social, tais como isolamento e perda de direitos trabalhistas e sociais. Objetivos: Analisar o número de casos de mulheres com hanseníase em Rondônia no período de 2010 a 2019, considerando o número de casos, população e a taxa de prevalência no período analisado. Metodologia: Foram selecionados os registros de mulheres com hanseníase em Rondônia no período de 2010 a 2019 utilizando a base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizado pelo Ministério da Saúde. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da ULBRA (n°25442719.2.0000.5349). Resultados: Na análise de 2010 a 2019 foi registrado 2933 mulheres com hanseníase. Os anos com maiores números de casos nas mulheres foram: 2010 com 404 casos, 2014 com 327 casos e 2018 com 358 casos. Considerando os municípios de Rondônia e casos de hanseníase, com registros acima de 100 casos em ordem crescente, encontramos: Ouro Preto do Oeste (110 casos), Vilhena (141), Ariquemes (185), São Miguel do Guaporé (189), Cacoal (217), Rolim de Moura (247), Porto Velho (289) e Ji Paraná (295). A taxa de prevalência foi elevada em São Miguel do Guaporé (0,9) e Alto Alegre dos Parecis (0,7). Em 2018 e 2019, o município de São Miguel do Guaporé tem destaque, pois teve uma queda na numero de casos, de 85 casos (2018) e 17 casos em 2019. Conclusão: A hanseníase ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil, fato inegável como os dados revelam. A vida das mulheres é afeta em diversas proporções, acarretando sequelas permanentes, entretanto, mais pesquisas com esta abordagem são necessárias para trazer mais esclarecimentos, informações e sensibilidade à população de um modo geral.
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