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NÚMERO DE CASOS DE MULHERES COM HANSENÍASE EM RONDÔNIA, RO
Luana Laine Ferreira dos Passos, Jussara Alves Pinheiro Sommer, Eliane Fraga Silveira, Caroline Paula Marquetti, Jaqueline Ronconi Borba, Moises Gallas, André Guirland Vieira

Última alteração: 12-11-2020

Resumo


Introdução: A hanseníase está classificada como uma Doença Negligenciada, sendo considerada como um problema de saúde pública, podendo ser transmitida através das vias aéreas para qualquer pessoa, independente da classe social, sexo e idade, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Em relação à família e hanseníase, estudos indicam que a doença tem potencial para ocasionar mudanças na estrutura familiar, além disso, coloca a mulher acometida em uma desvantagem maior, por se tratar de uma doença estigmatizada na sociedade. Nas mulheres ocasiona sofrimento, angústia, preconceito, abandono e problemas psicossociais. Contudo o grande impacto na vida das mulheres é o trabalho, o formal que pode ser interrompido pela demissão e o doméstico, que ainda é atribuído às mulheres, é realizado com dificuldades. A hanseníase produz muitos impactos que dificultam e aprofundam a desigualdade social, tais como isolamento e perda de direitos trabalhistas e sociais. Objetivos: Analisar o número de casos de mulheres com hanseníase em Rondônia no período de 2010 a 2019, considerando o número de casos, população e a taxa de prevalência no período analisado. Metodologia: Foram selecionados os registros de mulheres com hanseníase em Rondônia no período de 2010 a 2019 utilizando a base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizado pelo Ministério da Saúde. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da ULBRA (n°25442719.2.0000.5349). Resultados: Na análise de 2010 a 2019 foi registrado 2933 mulheres com hanseníase. Os anos com maiores números de casos nas mulheres foram: 2010 com 404 casos, 2014 com 327 casos e 2018 com 358 casos. Considerando os municípios de Rondônia e casos de hanseníase, com registros acima de 100 casos em ordem crescente, encontramos: Ouro Preto do Oeste (110 casos), Vilhena (141), Ariquemes (185), São Miguel do Guaporé (189), Cacoal (217), Rolim de Moura (247), Porto Velho (289) e Ji Paraná (295). A taxa de prevalência foi elevada em São Miguel do Guaporé (0,9) e Alto Alegre dos Parecis (0,7). Em 2018 e 2019, o município de São Miguel do Guaporé tem destaque, pois teve uma queda na numero de casos, de 85 casos (2018) e 17 casos em 2019. Conclusão: A hanseníase ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil, fato inegável como os dados revelam. A vida das mulheres é afeta em diversas proporções, acarretando sequelas permanentes, entretanto, mais pesquisas com esta abordagem são necessárias para trazer mais esclarecimentos, informações e sensibilidade à população de um modo geral.

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