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Os monogenéticos agrupados em Microcotylidae apresentam um haptor simétrico, com numerosos grampos de estrutura uniforme, consistindo de cinco a seis escleritos desenvolvidos. Esta estrutura que auxilia na fixação no hospedeiro, é utilizada para diferenciar os táxons dentro do grupo. Na América do Sul, foram registradas sete espécies de monogenéticos reunidas em Microcotyle, dentre elas, Microcotyle pomatomi Goto, 1900. No Brasil, existem registros do monogenético para o Rio de Janeiro (RJ), contudo estudos sobre a morfologia de M. pomatomi ainda foram pouco realizados no Brasil. Os objetivos do presente trabalho foram: descrever a morfologia do haptor e a estrutura dos grampos encontrados em M. pomatomi; comparar o haptor de M. pomatomi com a descrição de espécimes coletados no RJ. Espécimes de M. pomatomi foram coletados entre março e setembro de 2015 das brânquias de anchovas (Pomatomus saltatrix Linnaeus, 1766) obtidas em Tramandaí, Rio Grande do Sul (RS). Os monogenéticos foram processados e corados de acordo com as técnicas para o grupo. Os espécimes de M. pomatomi (n = 12) examinados apresentaram haptor simétrico, com 1,5‒3,1 mm (1,9 ± 0,5 mm) de comprimento, com duas linhas subiguais de grampos pedunculados. O total de grampos em cada haptor variou de 106 a 139 (122 ± 9). Os grampos apresentam a estrutura típica de um grampo do tipo microcotilídeo: um par de escleritos anterolaterais, um par de escleritos posterolaterais e um esclerito mediano com extremidades bifurcadas, sem escleritos acessórios. Os grampos apresentaram 35‒57 µm (48 ± 7 µm) de comprimento e 37‒57 µm (49 ± 6 µm) de largura. Estes grampos apresentaram tamanho similar em toda a extensão do haptor. Os espécimes de M. pomatomi encontrados possuíram haptor com morfologia similar ao registrado em espécimes examinados no RJ, contudo as diferenças encontradas incluem o pedúnculo e a estrutura dos escleritos nos grampos. Outros caracteres estão sendo examinados para realizar a descrição suplementar da morfologia da espécie.