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PRINCIPAIS TESTES IMUNOLÓGICOS DISPONÍVEIS NO BRASIL PARA A DETECÇÃO DE INFECÇÃO POR Mycobacterium tuberculosis.
Roberto Orling, Camila Diel Pinicioli, Emanuelle Sistherenn Caminski, Alexandre Ehrhardt

Última alteração: 05-10-2018

Resumo


Palavras-Chave: Tuberculose. Teste Tuberculínico. Técnicas Imunoenzimáticas.

A tuberculose é uma patologia infecto contagiosa de interesse mundial, uma vez que ela causa cerca de 9 milhões de novos casos por ano (OMS, 2015). O Brasil apresenta anualmente, em média, 63 mil novos casos (MS, 2016). Seu agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch), e tem como principal reservatório o homem (DUARTE, 2010). Sendo transmitida de pessoa a pessoa, geralmente pelo ar por meio de esporos, afetando principalmente o trato respiratório inferior, e podendo afetar outros órgãos. Deste modo, o presente trabalho tem por objetivo apresentar quais são e como são realizadas, as principais metodologias imunológicas disponíveis no Brasil para a identificação de infecção pelo M. tuberculosis. Trata-se de um estudo do tipo revisão bibliográfica, com abordagem descritiva, onde foi realizada uma pesquisa abrangente nos bancos de dados, Scielo, Google Scholar e Pubmed, com os seguintes termos isolados ou combinados entre si: M. tuberculosis, Testes imunológicos e Diagnóstico Laboratorial. Os critérios de inclusão foram: artigos intimamente relacionados ao tema publicados nos idiomas inglês, espanhol e/ou português. Já os critérios de exclusão foram artigos que não cumpriram os critérios anteriormente estabelecidos. Foram identificados cerca de 30 artigos, onde de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, 23 foram selecionados para leitura. Com base no que foi encontrado nos referenciais de pesquisa, podemos dizer que atualmente o país dispõe de basicamente 3 metodologias para a identificação de infecção pelo patógeno em questão, sendo elas: teste tuberculínico ou mantux, que se baseia na avaliação de uma reação de hipersensibilidade diante das proteínas do bacilo da tuberculose inseridas por modo intradérmico, mas que tem grandes interferentes de reação cruzada; ELISA, que é um teste imunoenzimático baseado em reações antígeno-anticorpo, para avaliar a presença de anticorpos IgA, IgG e IgM específicos contra o bacilo no soro do paciente; e ainda, o Quantiferon-TB, que também é imunoenzimático e avalia a resposta imune do indivíduo por meio da dosagem de interferon-γ liberado pelas células T após uma estimulação por antígenos específicos do M. tuberculosis, e que assim como o ELISA, tem a vantagem de não sofrer interferentes de reação cuzada pela vacinação, ou por outras espécies de micobactérias. Conclui-se que temos como principais metodologias imunológicas disponíveis no país, para a identificação de tal patógeno: Mantoux, ELISA (IgA, IgM, IgG) e o Quantiferon-TB Gold, sendo as duas ultimas mais confiáveis devido a menor probabilidade de reação cruzada.

 

REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico: Sífilis 2017. Ministério da Saúde, v. 48, n. 36, p. 41, 2017.

DE SOUZA, M. B. Testes sorológicos utilizados no diagnóstico da sífilis. Revista Saber Científico, p. 3–9, jun. 2018.

PINTO, V. M. et al. Prevalência de Sífilis e fatores associados a população em situação de rua de São Paulo , Brasil , com utilização de Teste Rápido. Rev Bras Epidemiol, v. 17, n. 2, p. 341–354, 2014.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Who Guidelines for the Treatment of Treponema pallidum (syphilis). 2016. Disponível em: < http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/249572/9789241549806-eng.pdf?sequence=1 >. Acessado em: 25 ago. 2018.