Pelo menos 46 milhões de pessoas no Brasil, sofrem de algum distúrbio mental, de ansiedade, depressão a quadros que requerem maior atenção médica e de familiares como a bipolaridade, a esquizofrenia entre outras patologias. A psicofobia consiste nas formas de preconceito em relação à condição mental de um indivíduo. Desde comentários maldosos até a criação de um estigma são atitudes que pioram os sintomas das doenças já  diagnosticadas. A ideia deste estudo é mostrar como o preconceito se faz presente na vida das pessoas e afeta a recuperação psicológica. Além de apresentar o conceito de psicofobia e alertar para os  principais danos. A sociedade atual pautada pelo constante adoecimento das relações e indivíduos tem enfrentado um número recorde de pessoas em estado de sofrimento, neste contexto a escola se configura como espaço de reflexo dessa sociedade. Fazendo eclodir casos de estudantes com inúmeras patologias psíquicas bem como casos de suicídio.  Alertar a população e evitar comportamentos psicofóbicos é garantia de respeito à dor e de auxílio no processo de cura ou tratamento destas patologias. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, uma em cada dez pessoas sofre de doença mental em todo o mundo, 10% da população mundial.Conforme a Associação Brasileira de Psiquiatria (2018) “Além das limitações que os Transtornos Mentais podem causar, existe um outro grande muro que pode limitar esses pacientes ainda mais, que pode impedir o seu tratamento e até levar ao suicídio: o estigma [...] demos o nome de Psicofobia.” A metodologia do estudo consistiu nos seguintes passos: a) Aplicação de questionário com 190 adolescentes com faixa etária entre 14 e 17 anos; b) Entrevistas com adolescentes que sofreram ou sofrem de algum transtorno mental; c) Pesquisa em sites (Associação Brasileira de Psiquiatria) e de outros órgãos de saúde mental.A  questão da psicofobia está presente no nosso cotidiano, pois 93% dos pesquisados já ouviu conversas ou opiniões que depreciam pessoas com transtornos mentais e mais da metade já ouviu sobre si mesmo e se sentiram desconfortáveis, ou seja a forma como os transtornos são banalizados, amplia ainda mais o sofrimento. A escuta é uma das formas mais efetivas de vencer as doenças mentais, no entanto para que ocorra é necessária a empatia da família, colegas e profissionais da saúde. Os relatos dos estudantes demonstram que o preconceito parte inclusive daqueles que deveriam dar suporte psicológico profissional, o que pode agravar a situação. É importante que as pessoas tenham essa empatia de entender a dor do outro tanto na escola, quanto na vida.

Palavras-chave: Psicofobia; Preconceito; Transtornos mentais.Empatia.