Última alteração: 30-09-2016
Resumo
Uma das maiores discussões que permeiam grandes empresas e governos, há décadas, quanto ao tema de sustentabilidade, é a transformação ou criação de energia. Considerando que os resíduos provenientes de fontes de energia tradicionais, como as fossas, por exemplo, são despejados na atmosfera, o que acarreta sérias consequências globais, o projeto “Energia de Biomassa: do uso ao reaproveitamento”, tem o intuito de converter o gás produzido na decomposição de resíduos orgânicos em energia para fins domiciliares. Este gás é originado a partir da decomposição da matéria orgânica, chegando a absorver 20 vezes mais radiação solar que outros gases poluentes. Neste desenho, a pesquisa experimental de cunho qualitativo andou em três frentes: a primeira visou à produção deste gás a partir do esterco de ruminantes, em uma ‘‘bombona’’ plástica com capacidade de 20L; a segunda frente conservou a produção do gás a partir de frutas, legumes e verduras estragadas, que foram armazenadas em garrafas PET de 5L. Hoje, o trabalho encontra-se em andamento na frente 3, onde observa-se a produção do gás a partir da amostra real (fezes humanas). Frente as suas etapas iniciais (1 e 2) é importante destacar que estas foram realizadas majoritariamente no inverno, o que foi um obstáculo na obtenção do gás, já que este se desenvolve na fermentação anaeróbia realizadas pelas bactérias metagênicas, que realizam a decomposição do sólido orgânico, sendo influenciadas de forma significativa na presença de calor. Nos resultados, percebeu-se que houveram melhores derivados na frente 2, já que, pelo plástico da garrafa PET de 5L ser menos espesso, a troca de calor com o ambiente foi mais intensa, consequentemente, a produção do metano. Desta forma, é cabível mencionar que, apesar da análise dos dados ainda está em andamento, considerando que a amostra real do produto está em observação, pode-se notar e comprovar, por meio de experimentos realizados com a frente 2, a eficácia do gás na combustão, logrando satisfação para a utilização do mesmo em sistemas de calefação ou gás de cozinha nas diferentes residências. Nesta perspectiva, o trabalho, também, se recorta ao desenvolvimento de um projeto domiciliar que estipula a canalização e armazenamento do gás advindo da decomposição das fezes, a fim de que este possa ser aproveitado como fonte de energia, tornando a residência autossustentável, os custos de vida sejam barateados e a pegada de carbono por domicílio diminua o que, por deveras, estaria protegendo o ciclo planetário e qualificando a vida na terra.