RESUMO

Este trabalho pretende discutir os primeiros resultados de uma pesquisa iniciada em 2016/2, conduzida pelo autor dessa proposta, professor das disciplinas Matemática e Estatística, e tem por objetivo conhecer o perfil dos estudantes que ingressam nos três cursos superiores oferecidos por uma faculdade de pequeno porte, localizada em Contagem-MG. O estudo foi dividido em três momentos, sendo: 1º) coletar os dados de identificação dos sujeitos – gênero, faixa etária, residência, tempo sem estudar, tipo de ocupação; 2º) determinar as atitudes frente à Matemática e; 3º) conhecer o domínio já adquirido de técnicas matemáticas. Uma ação já está em prática na faculdade, e pretende minimizar os problemas que o aluno certamente enfrenta no ensino superior, no caso de ele possuir uma base muito fraca em Matemática, a realização de um curso voltado para a (re)educação matemática, que funciona paralelamente às aulas diárias. A tabulação inicial da Escala de Likert – não forçada – foi realizada na disciplina Estatística pelos alunos de 2º período, como parte integrante da metodologia praticada, momento no qual a aprendizagem, possuindo caráter prático, acontece para os conceitos usuais de freqüência – absoluta, acumulada, relativa – além da construção e discussão de tabelas e seus respectivos gráficos. Os resultados ainda são incipientes, porém, já foi possível perceber, em 2017/1, que os alunos estão mais confiantes em seu trato com os métodos matemáticos, compreendendo melhor os conceitos matemáticos, o que já pode ser um fruto das aulas ministradas no curso paralelo de nivelamento. Os resultados corroboraram pesquisas anteriores realizadas com escalas de atitudes semelhantes, tais como Ragazzi (1976), Cazorla (2002) e Pinto (2009). A previsão de aplicação da pesquisa é de quatro semestres consecutivos, o que se constitui em um período razoável para se fazer estudos comparativos e poder publicar os resultados.

Palavras-Chave: (Re)educação matemática. Conhecimentos matemáticos prévios. Coleta de dados. Escala Likert.

Referências

Cazorla, I. M. A relação entre a habilidade viso-pictórica e o domínio de conceitos estatísticos na leitura de gráficos. Tese de Doutorado, Unicamp, Campinas: 2002. <Disponível em: http://www.pucrs.br/famat/viali/tic_literatura/teses/Cazorla.pdf>. Acessado em: 11/05/2017.

PINTO, F. R. O ensino do conceito matemático de função por meio de softwares gráfico-visuais: criação de desenhos digitais por alunos iniciantes do curso de Administração. Dissertação de mestrado, CEFET/MG, Belo Horizonte: 2009.

RAGAZZI, Nilva. Uma escala de atitudes em relação à matemática. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia da USP, São Paulo: 1976. Disponível em: https://www.cempem.fe.unicamp.br/publicacoes/banteses?combine=&page=4. Acesso em: 14/05/2017