Última alteração: 05-10-2017
Resumo
A Educação Matemática essencial ao exercício do viver e conviver desempenha um papel decisivo na formação integral do sujeito, pois permite resolver problemas da vida cotidiana. Faz-se importante estudar metodologias e conhecimentos para os alunos surdos e com eles, para assim desenvolvermos práticas pedagógicas que contemplem a sua diferença linguística e cultural. Destaca-se a importância de oportunizar ao aluno surdo expor as suas dificuldades e necessidades, bem como proporcionar-lhe um bom ensino aprendizagem significativo na matemática. Um fator muito importante para o sujeito surdo é que haja comunicação em sua primeira língua, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e que a aula seja pensada em Libras, nos contextos de ensino e aprendizagem da matemática e em quais metodologias é possível atingir o aluno surdo, principalmente quando não dispomos de recursos visuais para exemplificar. Para Giardinetto (1999), o pensamento abstrato deve servir para dar maior compreensão à realidade, que nunca se apresenta em sua forma acabada, com o concreto material auxiliando nesse processo. Logo, o concreto e o abstrato devem ser concebidos numa relação estreita e mútua, para que possam dar sentido ao conhecimento e ao processo de aprendizagem. A compreensão do abstrato, no que diz respeito às relações deste com o conhecimento já estruturado cognitivamente, o torna um ‘concreto cognitivo’, passando a ter existência para o indivíduo. É importante que os educadores matemáticos procurem conhecer as necessidades dos alunos, neste caso do aluno surdo, pensando em metodologias que possam atingi-lo no seu processo de ensino aprendizagem e que este seja significativo, pois mesmo as aulas sendo ministradas em Libras, torna-se necessário que o abstrato na matemática seja compreendido por alunos que apresentam uma cultura e uma língua visual, então cabe ao professor de Matemática o desafio de tornar o abstrato mais próximo do visual, algo que é desafiador e instigante.