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ESPAÇOS PARA A EMANCIPAÇÃO INTELECTUAL: UMA POSSIBILIDADE NO ENSINO DA MATEMÁTICA ESCOLAR
Última alteração: 22-09-2017
Resumo
Neste artigo propomos uma reflexão sobre a docência no ensino de matemática da escola básica, buscando pensar espaços para uma experiência de docência emancipadora. Nossa intenção inspirou-se na aventura de mestre Jacotot (RANCIÈRE, 2015), o professor que ensinou francês sem nenhuma explicação. Considerando as barreiras presentes em nosso sistema escolar e apoiados nas considerações de Rancière, sugerimos uma prática emancipatória que evite a tentação de buscar em Jacotot um modelo. Inicialmente questionamos o papel da explicação no ensino de matemática, algo que se faz necessário ao tratarmos de emancipação intelectual; afinal a explicação constitui um ato de embrutecimento, noção discutida ao longo do artigo. A seguir, um pouco afastados da lógica explicadora, voltamo-nos à procura de espaços que possibilitem, mesmo que por breves momentos, a presença de um docente emancipador em sala de aula. Acompanham essa procura elementos do Modelo Cooperativo Investigativo (Modelo-CI) de Skovsmose & Alrø (2010).
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