Última alteração: 22-09-2017
Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar reverberações pós-coloniais de uma pesquisa de mestrado que teve como propósito investigar o tempo e espaço que habitam os jogos de linguagem entre pescadores artesanais de Florianópolis/SC e Tramandaí/RS e evidenciar racionalidades matemáticas que emergem desses modos de habitar o tempo e espaço. As águas que conduziram esta inquietação fluíram por uma perspectiva outra de pensar a Etnomatemática na qual o esforço não estava em pinçar racionalidade que se encontra com a matemática escolar/acadêmica, mas sim fazer pulsar a vida da forma de vida em um saber, um jogo de linguagem (matemático). Nossas ondas de escrita apresentam percursos investigativos com reverberações de um pensamento pós-colonial, a partir das provocações de Boaventura Santos, que pode potencializar um olhar cuidadoso do pesquisador que se propõe a participar de uma outra forma de vida, sentido proposto no segundo Wittgenstein, sendo possível ou não estabelecer semelhanças de família.