As leituras e reflexões realizadas nas aulas da linha de pesquisa Matemática Inclusiva do Laboratório de Ensino e Aprendizagem de Matemática (LEAMAT), no curso de Licenciatura em Matemática do IFFluminense, permitiram perceber as dificuldades encontradas pelas pessoas com deficiência visual nas escolas regulares por não terem acesso a materiais apropriados nem a professores capacitados que lhes permitam uma condição de aprendizagem justa e no mesmo nível da praticada com os alunos videntes. Assim, desenvolveu-se uma sequência didática com o intuito de propiciar ao aluno com deficiência visual a oportunidade de determinar a lei de uma função polinomial do 1º.  grau por meio da exploração das características do seu gráfico e interpretar geometricamente as variações ocorridas nos coeficientes de sua lei de formação. Tais gráficos, foram confeccionados com materiais de baixo custo, como miçangas, linha encerada e papel cartão, de forma que qualquer pessoa seja capaz de reproduzir o material didático utilizado. Foi usada ainda, em complemento às matrizes, uma malha quadriculada em alto relevo produzida em thermorform, onde fez-se deduções como a condição para que três pontos sejam colineares e a representação gráfica de uma função polinomial do 1º.  grau, além de atividades que desenvolveram a capacidade de localização e marcação de um ponto no plano cartesiano. A sequência didática em questão foi aplicada para uma aluna cega. O fato de todo o material conter descrição e legenda em Braille deu autonomia ao deficiente visual, de forma que o processo de ensino e aprendizagem foi mais dinâmico e eficiente. Tendo tudo isto em mente, o objetivo do presente trabalho é relatar as experiências vividas na construção e aplicação da referida sequência didática e também compartilhar as técnicas aprendidas na confecção das matrizes dos gráficos.