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A sala de aula de matemática sofre críticas em relação ao seu caráter, muitas vezes, expositivo, com aulas centradas num professor, sujeito de conhecimento, que expõe e narra conteúdos aos alunos, que os memorize e os reproduz em momentos avaliativos. Por outro lado, há literatura em educação matemática sugerindo a criação de ambientes de aprendizagem que contribuam para que os alunos se posicionem de maneira crítica frente uma situação. Para isto, o professor pode propiciar situações que favoreçam a participação ativa dos alunos. Pensando nisso, buscou-se, com a presente pesquisa, refletir sobre como alunos do 8º ano do ensino regular fundamental, de uma escola pública, participam do processo de aprendizagem matemática a partir de uma abordagem dialógica e investigativa que relaciona geometria e álgebra. Para isso, foram desenvolvidas em sala de aula situações que permitiam o diálogo, a investigação e exploração de conteúdos matemáticos. Entende-se esta pesquisa como de metodologia qualitativa porque se levou em conta as considerações dos sujeitos, em relação à própria aprendizagem numa perspectiva dialógica e investigativa. Foram utilizados como dados: o material produzido pelos alunos, assim como as gravações de áudio feitas durante a tarefa e o diário de campo do pesquisador. Após a análise dos dados, considerou-se que a abordagem dialógica e investigativa proporciona aos alunos envolver-se ativamente no processo em diferentes momentos. Entende-se esse processo como um possível ciclo ininterrupto em aulas de matemática podendo, professor e alunos, dele se apropriar para o diálogo na aula de matemática visando à produção de conhecimentos.