A Estatística é um ramo da matemática. Para se fazer análise mais aprofundada de fenômenos, experimentos ou eventos aleatórios necessitamos do ferramental estatístico (probabilidade e inferência). Sem esse conhecimento da estatística a análise dos eventos aleatórios será superficial. Se um professor de matemática deseja realizar um estudo do progresso de sua turma em relação ao aprendizado, então ele fará uma análise mais próxima da realidade se ele quantificar estatisticamente o rendimento dos seus alunos. Por isso o professor necessita de uma boa formação, de base estatística para fazer inferências. Contudo, noto que a grade curricular das licenciaturas em matemática tem pouquíssimo foco em estatística; quando muito, em sua maioria, uma única disciplina de estatística. Consequência, o professor sai formado sem estudar modelos probabilísticos como exponencial, Poisson, Gaussiana, T-Student e Inferência Estatística. Desse modo, a formação para o ensino de estatística na educação básica e superior é falha. É tão falha que certa vez estava ministrando um curso de Análise Combinatória e Probabilidade em uma pós-graduação lato-sensu que os pós-graduandos não conheciam o modelo de distribuição binomial de probabilidade, tinha dificuldade de calcular a probabilidade de eventos simples, não tinha conhecimento de inferência estatística. Apliquei um teste de verificação de aprendizagem, houve dois alunos que obtiveram rendimento acima do esperado, os demais abaixo do esperado e teve uma aluna que entregou a avaliação em branco, isto é, não respondeu nenhuma questão. O teste foi realizado com problemas básicos de combinatória e probabilidade. Assim o Objetivo deste trabalho é sugerir mais disciplinas de estatísticas nos cursos de licenciatura em matemática.