Última alteração: 15-09-2017
Resumo
A Constituição Brasileira de 1988 traz um avanço histórico para a educação, traçando objetivos que podem ser considerados ousados e introduzindo mecanismos jurídicos que garantam a consecução desses objetivos por parte do poder público. O Plano Nacional de Educação – PNE (2014/2024) tem como objetivo implementar tais propósitos. Um dos desafios trazidos pela meta 3 do PNE para o ensino médio diz respeito a incentivar práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares. A implantação de um currículo interdisciplinar para essa etapa do ensino básico representa um grande desafio, seja pela mentalidade conservadora dos padrões pedagógicos vigentes tão presentes no corpo docente. Outra possível causa pode ser também o desconhecimento conceitual da proposta. Não podemos desconsiderar o fato de que o momento histórico no qual estamos inseridos, com uma verdadeira avalanche das políticas neoliberais e as atuais posições políticas absolutamente conservadoras e avessas à educação emancipatória tão claramente explicitado no avanço da implantação da Escola Sem Partido, por exemplo. Certamente, o avanço que desejamos exige uma mudança de postura que possibilite uma ruptura com o modelo tradicional representado por um currículo compartimentalizado e distanciado da realidade e, portanto, alienante, conforme podemos comprovar com a análise da pesquisa que ora apresentamos e que pretendeu investigar o nível de letramento matemático dos estudantes da primeira série do ensino médio de uma escola pública do Distrito Federal com o objetivo de pensar em perspectivas críticas que apontem um caminho para a superação das dificuldades apontadas.