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Ao observamos as abordagens dispensadas ao ensino de Funções Reais na educação básica atualmente, nos deparamos com uma forte predominância do tratamento algébrico e estático de tal conceito. Fala-se, por exemplo, de injetividade ou sobrejetividade, zeros e o estudo do sinal de uma função, porém, nada se fala em quanto e como cresce/decresce o valor de uma função em relação à sua variável independente. A noção de função é estabelecida não no contexto da variabilidade, mas, em termos de uma correspondência estática entre os valores das variáveis “x” e “y”. O gráfico da função é, em geral, plotado através de uma tabela de valores notáveis. Assim, pode-se dizer que é em termos da correspondência (x, f(x)), que se estabelece a noção de função. Este comportamento vai diretamente à contramão do contexto em que se originou tal conceito. Origem esta, associada por (BOYER, 1949; BARON & BOS, 1985) aos estudos e tipificação dos movimentos dos corpos realizados pelos filósofos escolásticos. Assim, acreditando na importância de um ensino de funções reais com enfoque em seu contexto variacional, desenvolvemos os seguintes objetos de aprendizagem: (1) Sequências Numéricas e (2) Funções Reais. Em (1) objetivamos a apropriação, por parte do usuário, das estruturas das sequências numéricas elementares (PA, PA de segunda ordem, ou PG) já em (2), estimulamos a caracterização do comportamento variacional das funções afim, quadrática e exponencial, a partir de suas relações com progressões aritméticas constituídas nos seus respectivos domínios. Para o desenvolvimento dos objetos de aprendizagem utilizamos uma planilha eletrônica. Neste VII CIEM, pretendemos compartilhar e discutir a cerca destes objetos de aprendizagem e de sua contribuição para o ensino de Funções Reais na educação básica.