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Este artigo discute uma experiência de mobilização do raciocínio multiplicativo em uma turma da EJA formada por mulheres donas de casas ou empregadas domésticas. A atividade foi organizada a partir de diálogo com as alunas acerca de suas atividades cotidianas. A adaptação de uma receita de risoto foi o estopim para a mobilização de conhecimentos matemáticos relacionados ao ato de cozinhar exercido por elas. O uso de uma receita de autoria das alunas garantiu a verossimilhança dos dados e a familiaridade com a situação descrita no enunciado, possibilitando que se engajassem na resolução de um problema envolvendo proporcionalidade, utilizando suas próprias estratégias e discutindo a validade das soluções encontradas. A avaliação da experiência confirma a relevância de que o numeramento seja construído a partir das práticas sociais dos sujeitos envolvidos.