Resumo

Este trabalho reflete minha experiência docente durante vinte e sete anos. Nessa trajetória – que perpassou diferentes escolas do município de Ijuí – RS, na Educação Básica e no Ensino Superior. Nestes anos de prática e exercício de me constituir professora de matemática, procurei ensinar matemática recorrendo a uma linguagem acessível, partindo de situações problema e/ou da história da matemática, levando o aluno através de processos de generalização e abstração elaborar os conteúdos matemáticos. Nas aulas com crianças e adolescentes estabeleci como proposta ensinar meus alunos da maneira como esperava que meus professores o fizessem: através de uma linguagem acessível, compreensível, sem subestimar a leitura científica, ou seja, a ciência matemática. Acredito e pauto minha prática na necessidade do aluno interpretar/compreender os símbolos e a própria linguagem, como por exemplo, ≥, Δ, Є, ↔, π, \, ∑, ≠, ∞ compreendendo esta linguagem a partir de sentidos e significações conceituais, entendendo a mesma como registros de representação semióticos, como afirma Duval (2011, 2012). Neste pôster, trago relatos de algumas experiências e vivências, a partir de metodologias que desencadeiam a participação do aluno, o processo de compreensão de conceitos matemáticos articulando aprendizagem e o envolvimento do sujeito no seu processo de aprendizagem. Acredito que se o professor conhecer o objeto matemático em sua essência e propor atividades significativas aos alunos, podemos de fato contribuir para constituir cidadãos mais atuantes na sociedade a partir de conceitos matemáticos.