Este texto é um recorte do projeto de pesquisa apresentado no Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal de Pelotas o qual sou aluna. A pesquisa tem como foco a mediação do ensino de Matemática com o uso das tecnologias digitais através de uma plataforma de ensino e investiga a aprendizagem dessa geração de alunos, confrontando os professores – imigrantes digitais – e os alunos – nativos digitais – explorando o conceito de homo zappiens trazido por Veen e Vrakking para denominar essa geração a partir de 2009. Para isso, buscamos analisar o mundo digital na contemporaneidade através do sociólogo Zygmunt Bauman como teórico que descreve toda a fluidez desse tempo e Marc Prensky com o paralelo entre imigrante e nativo digital, além de outros autores. Procuramos compreender como a aprendizagem Matemática desses estudantes, regulares do ensino fundamental que estão imersos em toda essa forma de tecnologia se dá. Para tal, nos questionamos, a forma de aprender está mudando em função da tecnologia digital? Até o momento foi realizado um teste piloto, com três turmas de 7ª série da escola municipal que atuo como docente. Obtemos resultados parciais, como o aumento do desempenho, a melhora do comportamento e a relação entre professor e aluno. E extraímos algumas conclusões até o momento, como a aprendizagem significativa e, quando nos referimos a esse termo, queremos dizer que os estudantes deram significado ao conteúdo estudado, além de aumentarem o tempo de estudo, ultrapassando os quatro períodos semanais.