O texto propõe-se situar a formação inicial de professores, campo que tem sido objeto de estudos e que exige análises permanentes sobre sua configuração e sobre suas práticas, situadas historicamente no panorama das políticas públicas e nos processos de operacionalização dessas políticas. A formação e suas implicações de identidade não se constituem em um constructo arbitrário, mas decorrem de uma concepção de educação e de mundo que, mediada pelo trabalho com o conhecimento, como categoria fundante das relações pedagógicas, humanas e sócio-culturais, possibilita o ato educativo. A partir de 2002, a proposição política da formação de professores no Brasil definiu currículos organizados em processos que privilegiam a tematização dos conhecimentos escolarizados, saberes da experiência, iniciação científica,  inserção no campo profissional desde o início do curso,  estágio curricular supervisionado a partir da metade do curso. E, com esse propósito, busca-se uma identidade de curso de formação de professores de áreas específicas: História, Física, Química, Matemática dentre outras, independentes do bacharelado para compreender a articulação teoria-prática e os desafios do planejamento integrado do campo da formação (Universidade) e do campo profissional (Escola) também como campo de formação. Nesse texto, está centrado na questão do estágio curricular supervisionado como experiência de aprendizagem e fortalecimento da profissionalidade de professores em formação, professores formadores e professores da escola básica. Nesse recorte, trabalhamos o estágio conectado à formação do professor de ensino de Matemática, e a inserção na escola pública na tentativa de relações democráticas entre a Universidade e a Escola Básica.