Este artigo relata uma experiência realizada com uma aluna, bolsista de Iniciação à Docência, do curso de Licenciatura em Matemática da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF). No estágio de Iniciação à Docência, realizado durante o ano letivo de 2012, em parceria com a coordenação do projeto A construção e o desenvolvimento de conceitos matemáticos por meio de atividades lúdicas, a bolsista atuou como mediadora das atividades computacionais propostas às crianças que cursam do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental na rede pública de Duque de Caxias e que frequentam as instalações da FEBF a convite de outro projeto, o Projeto Alegria. Buscamos identificar as etapas por que as crianças passaram na construção do conceito de número e as contribuições do estágio no projeto para a formação profissional da bolsista. Nosso estudo está dividido em duas partes. Na primeira, fundamentados nas observações que fizemos das crianças enquanto participavam das atividades e nas leituras de Piaget (1981) e Kamii (1990), descrevemos as etapas por que as elas passam no processo de construção do conceito de número. Na segunda, com base na entrevista semiestruturada que fizemos com a bolsista e à luz das ideias de Nóvoa (2001) e Alarcão (2001), refletimos sobre os impactos da experiência na formação profissional da bolsista. Concluímos que tal experiência lhe permitiu redimensionar suas concepções do que vem a ser a Matemática e o seu ensino.