Prédio: Prédio 11
Sala: Sala 53
Data: 18-10-2013 09:00 – 12:00
Última alteração: 11-09-2013
Resumo
Na educação básica a geometria é apresentada, na maioria das vezes, de forma abstrata e genérica, sem ter real significado para o aluno, sem estimular a visualização e sem despertar o interesse do mesmo. Em se tratando da educação especial, e, em particular, do aluno com deficiência visual, nos deparamos ainda com a insegurança dos professores. Partindo do principio que o Origami (arte ou técnica de dobrar papéis) apresenta inúmeras possibilidades como recurso tátil e com a preocupação de desenvolver atividades realmente acessíveis a diferentes realidades escolares, optou-se pela sua aplicação pedagógica. Trata-se, portanto, de experimentar uma nova abordagem da geometria, adaptada as realidades dos alunos e de seus professores, quaisquer que sejam esses sujeitos. Com este propósito foram realizadas atividades com o aluno Carlos Andre Pureza da Silva, que cursava o segundo ano do ensino médio no Instituto de Educação Ismael Coutinho. Com ele foram trabalhados as relações de paralelismo, perpendicularidade, o par de esquadros, o teorema de Pitágoras e suas aplicações no calculo das diagonais do quadrado e do cubo, respectivamente. A manipulação dos modelos em Origami e sua construção pela leitura e interpretação dos diagramas em alto relevo permitiu que esse aluno investigasse as relações e propriedades existentes em cada caso e aumentou a probabilidade de que pudesse presumir mentalmente cada representação relacionada aos conceitos geométricos envolvidos. Os resultados obtidos nestas sessões de estudo foram bastante animadores e acrescentaram novas perspectivas ao ensino básico de geometria para alunos com deficiência visual.