Última alteração: 06-09-2013
Resumo
Este trabalho objetivou verificar a interferência das estações de tratamento de esgoto na qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Gravataí, sendo estas a ETE de Cachoeirinha e a ETE de Gravataí. A aquisição de dados referentes ao monitoramento das estações de tratamento de esgotos foi realizada através de consultas na Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – RS (FEPAM) e na Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN). Os parâmetros solicitados foram: Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5), Coliformes Termotolerantes, Nitrogênio Amoniacal e Fósforo Total. Posteriormente, foram solicitados a FEPAM os valores dos monitoramentos realizados pela mesma, nos pontos localizados a jusante e a montante do lançamento de efluente tratado das ETEs presente na bacia do Gravataí. Foi constatado que a contribuição de carga orgânica dos novos pontos de aporte de efluentes, localizados à jusante das estações de tratamento de esgoto, deterioram a qualidade da água do manancial, minimizando o efeito benéfico que este sistema de tratamento poderia trazer à bacia hidrográfica. O não atendimento de coleta de esgoto para todos os habitantes do município gera um aporte de pontos irregulares de esgotos na calha do rio, indicando que novas ações de controle de aporte de efluentes precisam ser agilizadas, principalmente ao que tange a educação ambiental, visto que parte da população ainda não possui suas casas ligadas as redes coletoras, mesmo que estas atendam o seu bairro e, também, desconhecem a importância ambiental do papel da ETE para manter a qualidade dos corpos hídricos.