O presente artigo descreve um panorama da construção histórica da educação ambiental no mundo e no Brasil. Filosoficamente tenta unificar a dicotomia homem e natureza, onde devemos transcender este dualismo de forma ética e holística para que possamos pensar na possibilidade de uma educação ambiental voltada para a sustentabilidade, que possa não reverter, mas mitigar os impactos causados pelo ser humano na terra em longo alcance. Objetiva descontruir o antropocentrismo vigente nas relações de produção, repensando em formas cooperativas de atuarmos no mundo, causando o menor impacto e favorecendo o desenvolvimento local. Diversos atores sociais ao longo dos anos, principalmente na segunda metade do século passado, vêm contribuindo para que a Educação Ambiental tenha conteúdo necessário para ser praticada de forma disciplinar, interdisciplinar ou transversal, tanto em ambiente formal como não formal. Suas ações devem ser voltadas para a prática, aliada ao saber acadêmico, científico e popular, que abranja todas as instâncias de produções sociais e mercantis associadas ao consumo e descarte consciente por pessoas educadas ambiental e socialmente. Preservando assim o diálogo e a crítica construtiva entre os vários saberes e atores envolvidos, para que seja possível considerar os fatores econômicos e socioculturais vigentes nas diversas Nações e incorporar neste diálogo os avanços tecnológicos surgidos a favor de um desenvolvimento voltado para a sustentabilidade, tendo como força propulsora a educação.